A melhor ferramenta de coaching é o COACH!
A melhor ferramenta de coaching é o COACH!
Intuição, paixão, maturidade e inteligência emocional, curiosidade, flexibilidade, escuta ativa e muita presença!
Ao longo de 19 anos de experiência de Coaching, com mais de 11.000 horas de prática desta nobre e apaixonante atividade é, em consciência, que as palavras do primeiro parágrafo me habitam em cada sessão de Coaching.
E é com humildade que constato que o Coach é a melhor ferramenta de um processo de Coaching. E digo humildade porque não descobri nada, sinto apenas que esta é a minha oferta! Ao longo destes 19 anos já vivi muitas emoções, certezas, dúvidas e inquietações.
Sendo psicóloga clínica e grupanalista pela SPG-PAG, quando procurei a escola de Coaching que mais se identificasse com a minha forma de estar na vida, senti que experimentava um olhar curioso sobre os trilhos deste caminho de desenvolvimento de pessoas.
Um caminho, cientificamente menos exigente, mas igualmente fascinante e eficaz. E é no trajeto desta jornada pelo Coaching ontológico que navego por uma emocionalidade ora vibrante, ora quase paralisante, ora apaixonante, ora “não sou capaz”, ora “yes, entendi!”, uma emocionalidade que me permitiu apaziguar-me com os receios e dúvidas e caminhar para a zona das grandes e sólidas aprendizagens.
Percebi que para desenhar o meu futuro, para estar com uma atitude Coach, era importante, afastar-me, por uns tempos, das teorias psicanalíticas, mergulhando com clareza e profissionalismo no futuro desejado de cada cliente, não necessitando de revisitar o seu passado.
Apenas entendendo que as respostas e as ações de mudança estavam dentro dele. E sendo Coach estava ao serviço dessa jornada deep, muito deep.
A melhor ferramenta de Coaching é o COACH!
Quando terminei a Escola de Coaching já estava a utilizar as técnicas aprendidas com dor e paixão. Técnicas que percebia mais estruturadas do que as minhas. A minha gratidão para a escola e professores.
Faço parte daquele grupo de pessoas que começou a fazer Coaching antes de existirem escolas acreditadas pela ICF em Portugal. Socorri-me de leituras de investigadores, do apoio de uma consultora (uma mulher que arriscou entrar nesta aventura comigo). E em 2000 lançámos o programa de Coaching interno na grande empresa portuguesa onde eu trabalhava. Fui nomeada responsável pelo departamento de Coaching Interno e constitui equipa.
E constatei, naquele setting, que a melhor ferramenta de Coaching é o Coach. Éramos cinco Coaches.
Enquanto as quatro colaboradoras não fizeram a sua certificação, preparei-as, em simultâneo, com os conhecimentos que aprendi na Escola de Coaching. A formação durou 8 meses, acompanhada de práticas, supervisão e mentor Coaching.
A paixão, o empenho, o estar ao serviço era deveras diferente e os resultados foram muito díspares.
Em reunião de equipa decidimos que a jornada não estava revestida com os mesmos princípios básicos. Duas das colaboradoras assumiram que não conseguiam estar sem julgamento e que muitas vezes misturavam a sua agenda com a do cliente. E saíram deste projeto, sem dores, apenas conscientes de que aquele não era o seu propósito de vida.
No dia seguinte a equipa selecionou mais duas colaboradoras, que já são credenciadas pela ICF. Foram os clientes que nos deram as pistas para o perfil do Coach desejável. Este é um tema que tratarei noutra altura e que é fabuloso.
Éramos novamente cinco Coaches, apaixonadas pelos processos, pelos resultados, pelas Pessoas.
Alinhadas com a estratégia da Organização e fazendo a ponte entre o pedido do sponsor e o do cliente, fomos humanizando Direções, ganhando a confiança e respeito dos sponsors e desenvolvemos um trabalho com “história”, um trabalho que mereceu o respeito dos clientes e dos seus líderes que, na sua maioria, também passaram por processos individuais de Coaching!
As histórias de Coaching farão parte de um compêndio, de um livro ou de um artigo. Ficarão para memória futura. Oferecidos aos clientes com quem aprendi, que me ajudaram a ficar mais robusta e mais confiante no poder da verdade.
Em 2017, já como Presidente do Chapter da ICF Portugal, passei por um processo complexo de saúde, mas a minha paixão por fazer acontecer-futuro no Coaching foi um pilar fundamental para olhar para a doença como uma passagem que não teve paragem. Sim, nunca parei durante todo o processo de acompanhamento médico.
Para quê o faria? O que ganharia com isso? Ah, qual a minha visão para os próximos seis meses?
Assim estava perfeito. Os meus anteriores clientes estiveram sempre presentes, cuidadosos e oferecendo mensagens de reconhecimento pela mudança comportamental, por um novo olhar… não voltariam a ser os mesmos. Eu também não!
A vida no Chapter era curiosa e vibrante. Dei muito de mim, o que me fez sentir útil.
E sermos úteis é sermos MAIORES.
O tempo, esse grande escultor, ofereceu-me, entretanto, momentos conturbados, mas valiosos. Fiquei mais forte, mais sólida e com um olhar de respeito para as pessoas que escolhem expor a sua vulnerabilidade e intenções/desejos e com um olhar piedoso para os que escolhem o caminho do poder na tentativa de preencher vazios.
Ensinou-me a vida, e eu aceitei, que a melhor ferramenta de Coaching é o COACH!
Um Coach que está em presença, que respeita as escolhas do seu cliente, que vive apaixonadamente cada sessão, que sabe dizer “extraordinário” na presença de um insight, é o Coach que quero ser.
Quando vamos a uma urgência hospitalar com uma queixa minimamente expressiva, o médico tem de cumprir procedimentos by the book, i.e., análises clínicas, raios X, picadela na veia com cateter, onde são injetados os medicamentos necessários para diminuir a dor, baixar a febre… Estes procedimentos são muito parecidos com muitas sessões de Coaching. Até existe um plano de ação: o doente deve ir à farmácia e começar a tomar o antibiótico X e o histamínicos Y.
Continuando esta metáfora…um destes dias fui a uma urgência hospitalar com febre alta. Fui atendida por uma médica jovem em idade, mas com uma inteligência emocional fantástica. Percebi que tinha o computador encostado à parede para poder olhar para o doente. Quis saber de mim, perguntou como me sentia, perguntou-me se aceitava ser picada e levar soro e antipirético. Colocou as escolhas do meu lado. Elogiei-a e escrevi um agradecimento à sua atitude, que enviei para o médico responsável pelas urgências.
Pois…esta história também é similar a uma sessão de Coaching. Mas esta é mais humanizada, senti confiança, presença, escuta. Awareness aconteceu ao longo da consulta!
A médica foi a melhor ferramenta da consulta.
Assim, como o Coach também o é quando se sente seguro e quando não tem urgência em resolver uma vida em quatro sessões.
É importante que deixe claro que não rejeito as ferramentas usadas em Coaching. Utilizo algumas em Team e em Group Coaching e são muito úteis, mas se o Coach não for útil, se não estiver inteiro com o cliente, não há ferramenta que seja útil.
Li a última frase que escrevi e, embora pareça muito incisiva, não a vou apagar porque é a voz de uma pessoa que acredita que estar ao serviço do outro é estar completo, é ter a consciência que se está a defender uma causa.
Uma causa que se pode inscrever no quadro dos direitos humanos. O direito a ser ouvido, a ser acompanhado por um profissional consciente, o direito a fazer escolhas, o direito a ter uma VOZ.
E esta é a minha voz, a voz de uma pessoa que é Coach, com “intuição, paixão, maturidade e inteligência emocional, curiosidade, flexibilidade, escuta ativa e muita presença!”